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LUCAS GIBSON

O presente ensaio foi realizado ao longo do meu programa de intercâmbio em Osaka, Japão, no ano de 2015. Durante todo

o procedimento, pude perceber que a maioria esmagadora dos trabalhos artísticos relacionados ao Japão são produzidos

em ou se direcionam para a capital Tóquio, de forma que a própria fotografia, em alguma escala, acabava por contribuir para

o estabelecimento de uma visão mais homogênea e unilateral da sociedade japonesa. Ademais, minha principal motivação ao realizar este ensaio foi representar uma juventude que é, até hoje, segregada por suas escolhas que desafiam tabus de uma sociedade apegada à tradição, tais como o uso de tatuagens e de piercings e as questões relacionadas à identidade de gênero

e orientação sexual. Embora as fotos tenham sido feitas em terreno nipônico, elas representam mais do que um microcosmo

de um arquipélago erroneamente visto como “homogêneo em demasia”: em verdade, buscam exaltar o frescor da juventude transgressora, que não se submete a posturas tradicionais e ousa renovar e inovar em nome dos novos tempos, da

singularidade humana e da efemeridade da vida, mesmo diante de sociedades que ameaçam excluir ou segregar a

juventude que ousa ser ela mesma.

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