RAFAEL FROTA

A verdadeira contemplação é silenciosa e íntima. Ao contrário do que muitos postulam, entendo o prazer estético como "algo essencial ao ser humano, que alivia o caos e o sofrimento da vida proporcionando consolação na tristeza e afirmação na alegria", nas palavras de Roger Scrutton. Para mim, sentir a experiência de uma obra de arte é mais importante que a habilidade de verbalizá-la ou analisá-la, e é esse o objetivo da minha pesquisa. Influenciado por movimentos como o Pictorialismo, Esteticismo e Fotografia Expandida, desenvolvo processos experimentais de fotografia e gravura que me permitam investigar como os meios expressivos podem estimular a experiência sensível do espectador priorizando a sua própria materialidade, flertando com o que Kant chamava de “prazer desinteressado".