Selfie em Foco 2019
A curadoria do Paraty em Foco promoveu a chamada Selfie em Foco 2019, visando expor autorretratos criativos enviados por fotógrafos. Foram selecionados 32 autorretatos, evidenciando a variedade de expressões e abordagens. Participam da exposição Adilson Andrade, Alexandre Suplicy, Ana Gilbert, Antonio Salaverry, Arthur Kolbetz, Bruna Vianna, Carolina França, Cecilia Bethencourt, Felipe Garofalo, Fernanda Lider, Flavia Baxhix, Gilma Mello, Khalil Charif, Lilian Nader, Luci Polina, Luciana Crepaldi, Marcos Marcolla, Maria Jose Benassi, Mariana Pêgas, Marisa Souza, Mazé Martins, Natalia Rocha, Paula Mello, Rafael Silva, Renato Lo, Roberta Sucupira, Rossana Medina, Tacila Torres, Tika Tiritilli, Veronica Machado Nani, Victor Garcia e Zé Renato. Local: Pátio da Casa da Cultura. De 18 de setembro a 14 de outubro.
FINALISTAS ENSAIO
CONVIDADOS PEF 2021
JOÃO MAIA
João Batista Maia da Silva, o único fotógrafo brasileiro com deficiência visual a cobrir os Jogos Paralímpicos de 2016, chamou a atenção do mundo. Sua história foi pauta de interesse para mais de 30 veículos da imprensa estrangeira que estavam na cobertura dos Jogos. Isso, quando ele conseguia ir para as arenas fotografar, porque na maioria do tempo durante os jogos, ele foi fotografado. “Eu não esperava toda essa repercussão”, dizia em cada entrevista. A grande pergunta era: como ele conseguia fotografar sem ver? A resposta era simples: “Vejo com o coração”.
O fotógrafo nasceu em Bom Jesus do Piauí, em 1974. Cresceu como uma criança normal, cheio das peripécias de moleque de interior. Aos 28 anos foi acometido de uma Uveíte bilateral. Restou-lhe enxergar vultos e perceber cores. Nada mais. Porém, sua visão interior e sua percepção da vida continuaram muito claras. Assim que perdeu a visão, João se envolveu com o Movimento Paralímpico. Foi atleta de arremesso de peso e lançamento de dardo e disco, durante sete anos. Mas se realizou ao conhecer a fotografia. Fez o Curso Livre de fotografia para pessoas com deficiência visual (2008 a 2012), no Museu de Arte Moderna em São Paulo. Tomou gosto pela arte e percebeu que poderia ver muito além do que seus olhos permitiam. Aumentou seu currículo com outros cursos de fotografia e se voltou com toda garra ao movimento paralímpico; desta vez, por trás das lentes.