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BLOG PEF 2021 Por André Teixeira

BATE-PAPO COM TINA GOMES

Como a fotografia surgiu em sua vida?

    Eu era cobradora de ônibus, e como passava sempre pelo mesmo lugar, comecei a enxergar além do que se via, comecei a observar texturas, cores, composições...

Você teve uma trajetória rápida do anonimato à fama nas redes sociais. Como isso aconteceu, e qual foi o impacto disso em sua vida? 

   Fama nas redes sociais? Não, na verdade foi do anonimato à exposição no Conjunto Nacional Paulista e palestra no Memorial da América Latina... Aconteceu quando o fotógrafo Connink Júnior viu meu trabalho nas redes sociais, e o apresentou ao Gilberto Dimenstein. Nessa época, não foi muito bom, pois eu não estava preparada para lidar com tanta gente falando no meu ouvido.

Em 2019, você foi convidada para ser mentora da comunidade “Mulheres Canonzeiras do Brasil”. Como é esse trabalho?

    Não fui convidada pra ser mentora no grupo, fui contratada para dar aulas  e ser uma parceira Canon pela, na época, diretora geral da América Latina.

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Nessa função, você tem contato com a produção de muitas fotógrafas ainda pouco conhecidas do público em geral. Que nomes destacaria entre elas?

     Vejo todas como um todo, todas à sua maneira se destacam em suas áreas

Você tem um quadro de depressão, um transtorno muitas vezes encarado com preconceito por boa parte da sociedade. Foi difícil superar esse estigma?

A fotografia te ajuda a controlar esse problema? Como?

     Porquê que você quer falar de doença se hoje eu represento a cura?.

Atualmente, uma das discussões em pauta mundo afora é a participação feminina no mercado de trabalho, tanto em questão de espaço quanto de remuneração. Como foi, ou é, sua experiência em relação a essa questão?

     Nunca fui tratada de forma diferente ou menosprezada por ser mulher, nem na remuneração, nem na maneira de ser olhada. Eu aprendi que sou foda, e não aceito nada menos que uma pessoa foda mereça.

Você chegou a trabalhar na área de decoração de interiores, mudou-se para uma região mais nobre de São Paulo mas acabou “voltando às origens”. Por quê? A inspiração para sua arte vem do entorno?

    O meu trabalho foi fazer ensaios e algumas obras para arquitetos. Tenho uma forte ligação com todos dessa área, e quem me abriu essa porta foram o querido Alvaro Guilhermo e o Victor Megido, do Instituto Europeu de Designer. A periferia tem total influência no meu trabalho, há oito meses estava morando no centro novamente, mas há um mês tive que voltar, minha luz já não era mais a mesma.

Além do trabalho com a Canon, tem outra atuação, digamos, comercial

com a fotografia?

  Sim, alêm de parceira Canon, sou parceira Wents e Mako. E hoje tenho um sócio empreendedor, que cuida da parte de vendas e do meu bem estar.

Tem conseguido produzir durante a pandemia? Que projetos vem desenvol-vendo? Teve que interromper ou adaptar algum deles por causa da Covid?

     A pandemia, estar reclusa, é um estado natural meu, há muitos anos não costumo sair de casa, apenas para grandes eventos.

Você é uma das convidadas do PEF 2021, cujo tema é “Fotografia Solidária”. Como será sua participação no Festival, e o que espera ver entre

os trabalhos expostos? 

    Participarei dos Encontros e Entrevistas, e espero que meu trabalho chegue quebrando tudo. Sobre o trabalho dos outros, não costumo esperar nada, não sou crítica de arte...

https://www.instagram.com/tinagomesretratista.oficial/?hl=pt-br

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