Selfie em Foco 2019
A curadoria do Paraty em Foco promoveu a chamada Selfie em Foco 2019, visando expor autorretratos criativos enviados por fotógrafos. Foram selecionados 32 autorretatos, evidenciando a variedade de expressões e abordagens. Participam da exposição Adilson Andrade, Alexandre Suplicy, Ana Gilbert, Antonio Salaverry, Arthur Kolbetz, Bruna Vianna, Carolina França, Cecilia Bethencourt, Felipe Garofalo, Fernanda Lider, Flavia Baxhix, Gilma Mello, Khalil Charif, Lilian Nader, Luci Polina, Luciana Crepaldi, Marcos Marcolla, Maria Jose Benassi, Mariana Pêgas, Marisa Souza, Mazé Martins, Natalia Rocha, Paula Mello, Rafael Silva, Renato Lo, Roberta Sucupira, Rossana Medina, Tacila Torres, Tika Tiritilli, Veronica Machado Nani, Victor Garcia e Zé Renato. Local: Pátio da Casa da Cultura. De 18 de setembro a 14 de outubro.
FINALISTAS ENSAIO
18º PEF DE 21 A 25 DE SETEMBRO
UM EVENTO PARA TODOS OS OLHARES
PREMIADOS CONVOCATÓRIA PEF 2017
"VISÕES DE UM POEMA SUJO"
ENSAIO FINALISTA DE MARCIO VASCONCELOS
O poema em imagens.
Se “a cidade está no homem”, Marcio Vasconcellos está na cidade e no homem. “Visões de um Poema Sujo” não trata apenas de fotografia. Trata de existência. É uma procura dentro da obra escrita e 1975, quando Ferreira Gullar estava no exilio. É como um retrato. E um retrato será sempre um veredito.
“Interpretar” um poema pode levar ao suicídio. É abismo, natureza em chamas. Ainda mais neste tempo que vivemos, onde as imagens foram esvaziadas pelo acúmulo e uma fotografia apenas não basta. Mais de quatro décadas depois as palavras do poeta estão de pé. O Poema Sujo escorre. O fotógrafo percorre a cidade. Lambe o suor nas paredes de uma São Luís que agoniza como a maioria das cidades brasileiras, entre memória e abandono, violência e paixão. É por isso que as imagens deste trabalho fazem parte de um grande teatro, de um cenário operístico com suas feridas de ferro. Ali, a precisão do olhar adiante é a precisão de uma existência vivida pelo fotógrafo nos seu dia maranhenses: entre o matadouro e o bairro da Liberdade, entre o homem que despe as suas entranhas no meio da madrugada na esquina da rua do Giz e a mulher que vende nada a beira de um mercado na periferia.