Selfie em Foco 2019
A curadoria do Paraty em Foco promoveu a chamada Selfie em Foco 2019, visando expor autorretratos criativos enviados por fotógrafos. Foram selecionados 32 autorretatos, evidenciando a variedade de expressões e abordagens. Participam da exposição Adilson Andrade, Alexandre Suplicy, Ana Gilbert, Antonio Salaverry, Arthur Kolbetz, Bruna Vianna, Carolina França, Cecilia Bethencourt, Felipe Garofalo, Fernanda Lider, Flavia Baxhix, Gilma Mello, Khalil Charif, Lilian Nader, Luci Polina, Luciana Crepaldi, Marcos Marcolla, Maria Jose Benassi, Mariana Pêgas, Marisa Souza, Mazé Martins, Natalia Rocha, Paula Mello, Rafael Silva, Renato Lo, Roberta Sucupira, Rossana Medina, Tacila Torres, Tika Tiritilli, Veronica Machado Nani, Victor Garcia e Zé Renato. Local: Pátio da Casa da Cultura. De 18 de setembro a 14 de outubro.
FINALISTAS ENSAIO
18º PEF DE 21 A 25 DE SETEMBRO
UM EVENTO PARA TODOS OS OLHARES
PREMIADOS CONVOCATÓRIA PEF 2017
"MORADA DO CABOCLO"
ENSAIO 3º COLOCADO DE FELIPE FITTIPALDI
A distância populacional do meio rural no semiárido baiano tem sido marcado pela drástica diminuição populacional nos últimos 50 anos. Pesquisadores da dinâmica demográfica apontam que as grandes mudanças constatadas nos últimos anos é a conversão do êxodo rural generalizado em um processo mais seletivo, que presencialmente remete às cidades a população jovem e altamente produtiva. Este êxodo seletivo de jovens intensifica o envelhecimento populacional, fenômeno social que marca o período mais recente.
A falta de perspectiva e a recém-chegada infraestrutura no campo, assim como novas tecnologias, possibilitaram uma transformação cultural profunda. A nova geração, agora conectada a novas referências, tende a migrar em busca de oportunidades longe do isolamento e do trabalho árduo da terra. A grande parte da nova geração deseja a inserção na sociedade de classe urbana e contemporânea, mesmo que como proletário e morador da periferia da cidade, seja pequena ou grande. O campo envelheceu e os jovens rurais também querem acesso aos bens das demais juventudes.
Diante desse esvaziamento, a velha geração que fica, talvez seja a última a última representante da cultura tradicional, permeando a sobrevivência longe dos seus herdeiros que partiram. Nessa dificuldade de convergência entre o antigo e o novo, muitos escolhem permanecer em seus lugares de origem, perpetuando a relação, mesmo que sozinhos, com seu universo físico e simbólico.
O ensaio Morada do Caboclo propões uma reflexão sobre o atual contexto das populações tradicionais do semiárido baiano diante do êxodo juvenil e da modernização, que se materializa no isolamento de seus membros incapazes de incorporar novas práticas contemporâneas.