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Fotógrafo, viajante. Cearense do mundo. Das incursões primeiras pelos terreiros de sua terra natal, um Cariri que se faz “verdim”, encrustado na Chapada do Araripe, ganhou os quintais do mundo, em expedições iniciadas já na adolescência. Foi ainda menino que descobriu sua fascinação pela imagem. O avô tinha uma oficina de onde saíam as traquitanas mais fantásticas, entre elas sua primeira câmera, uma caixa escura feita com resto de tudo o que se possa imaginar. Foi também observando, ainda menino, os muitos personagens que povoavam seu imaginário – benzedeiras, rezadores, aboiadores, mestres de reisado e cantadoras – que herdou seu tino (ou sua sina) de fotógrafo, retratista. Percebe em cada traço, cada gesto uma narrativa das gentes do sertão (ou não), todos aqueles que fazem do viver uma arte. São os tais “artistas do sertão”, como costuma dizer.

Em suas andanças, em projetos próprios ou em parceria, seu olhar se volta costumeiramente para as bordas e margens, os saberes (in)visíveis, um giro inusitado, um gesto que lhe escapa, em flagrantes que beiram o etnográfico e o poético. É possível conhecer mais do seu trabalho nos registros da Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri, casa-escola onde se formou, nas expedições do Infâncias (www.projetoinfancias.com.br), com exposições, livros e documentários, nas fotografias de projetos como Mestres Navegantes.

https://www.mestresnavegantes.com.br/fotos

https://www.instagram.com/samuelmacedo_fotografo/

CONVIDADOS PEF 2023

 

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SAMUEL MACEDO
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