CONVIDADOS
ALÉCIO DE ANDRADE
(em memória)
Alécio de Andrade, carioca, nascido em 29 de abril de 1938, estudou Direito entre os anos de 1957
e 1959 na então Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, hoje integrante da UERJ. Começou a publicar poesias em diversos suplementos literários a partir de 1960, conquistando no ano seguinte o Prêmio de Poesia da Primeira Semana de Arte Contemporânea da PUC.
Tendo desistido do Direito, começou a fotografar no início dos anos sessenta, realizando em 1964 sua primeira individual, Itinerário da Infância, sob os auspícios do Ministério de Educação e Cultura. Em 1964, passou a residir em Paris para estudar cinema, ao mesmo tempo em que desenvolvia uma carreira de fotojornalista e se dedicava ativamente à prática do piano. A partir de 1966 começou a fotografar para a sucursal francesa da Manchete, com a qual colaboraria nos sete anos seguintes. Em 1970 se tornou o primeiro brasileiro a ingressar na prestigiosa agência Magnum. Em 1979, a Funarte publicou o livro Alécio de Andrade: Fotografias, no qual figura o poema que Carlos Drummond de Andrade lhe consagrou: “O que Alécio vê”.
Em 1981 a versão alemã de seu livro sobre a capital francesa, Paris ou la vocation de l’image, com texto do escritor argentino Julio Cortázar conquistou o Prêmio de Excelência da Exposição Especial do Livro de Fotografia, de Stuttgart. Em 1986, lançou o livro Enfances, com texto da psicanalista francesa Françoise Dolto. Posteriormente, beneficiando-se de uma bolsa da Fondation de France, teve condições de concluir seu antológico ensaio sobre o Museu do Louvre, do qual resultou o livro Le Louvre et ses visiteurs, publicado postumamente em 2009, com texto do antropólogo e sociólogo francês Edgar Morin.
Depois de colaborar sistematicamente com importantes veículos da imprensa internacional durante mais de quatro décadas, Alécio de Andrade faleceu em Paris, no dia 6 de agosto de 2003.